O museu de Bergen em Bryggen

Acordei ás 8h30 e a névoa ainda permanecia no ar como que se tivesse dormido no leito do Fiord. A paisagem merecia duas fotografias e o dia sentia-se soalheiro.


Fui correr os meus típicos 3km, mas desta vez só consegui 2. Foi uma semana demasiado pesada em termos alcoólicos e assim se prova a debilidade física de se beber tanto! Tirei um peixe para descongelar, pois como tinha lenha para mais um barbecue, decidi que seria hoje. Tomei banho, o petit dejeunez, lavei o marfim e lá fui eu para mais uma visita a Bergen, desta vez ao seu museu que fica no final do passeio de Bryggen (acho que é assim que se escreve).

A entrada foram uns módicos 40kr (5€) e a moça ainda insistiu se não tinha cartão de estudante, os anos passam mas a juventude permanece :) O museu fica exactamente nos vestígios antigos encontrados durante uma escavação entre 1955 e 1969. Conta a história de Bergen desde o inicio do séc. XIII, hábitos e costumes, cultura, economia, sociedade e posição relativamente á Europa.



Brygen, que continua exactamente igual, era o local de comércio, não se podia comprar nem vender nada directamente ao produtor. Pensa-se que 80% a 90% das exportações seriam de peixe seco, será que o nosso bacalhau já andava na boca do povo nessa altura? Como hoje, o inverno não trazia pessoas nem negócios, a cidade abrandava economicamente mas em termos culturais e educacionais não parava. Graças ao Clero a música, a escrita, o teatro e outras artes tinham uma presença forte neste ponto oeste da Noruega. Era assim, devido a estes e outros factores que vocês leitores terão de vir e descobrir, que Bergen era a cidade mais importante da Escandinávia. Voltei para casa, preparei as brasas, almocei e refastelei-me no sofá a ver o Fresh Prince I Bel Air.